sexta-feira, 29 de abril de 2011

O Tempo


Eles são egressos do Ska. O sax alto e o naipe de metais dando ritmo ao arranjo denunciam.
Algumas influências de punk rock e garage rock também aparecem no disco.
Aliás, o álbum desses nove integrantes (seriam onze, mas dois abandonaram o barco) é muito bom com destaque para a vigorosa faixa “O Tempo”.
O Móveis Coloniais de Acaju não começou outro dia.
Formada em 1998, a banda teve seu primeiro disco, Idem, lançado em 2005, com tiragem inicial de três mil cópias. O álbum teve boa aceitação e atingiu a marca de duas mil cópias vendidas nos dez primeiros dias.
Em termos gastronômicos, o som de Móveis Coloniais de Acaju já foi denominado pelos próprios membros de "feijoada búlgara". Talvez alguma sombra da música do Leste Europeu misturada com a Brasileira tenha gerado esse nome.
Aqui, para o prazer de quem já foi apresentado ao trabalho desses caras e para aqueles que ainda não tiveram a sorte de conhecer, a faixa de maior sucesso: “o tempo”.
Gravado durante apresentação no VMB 2009, em São Paulo. Lembrando que o VMB é um prêmio oferecido pela MTV aos destaques da música e mídia do ano.

terça-feira, 19 de abril de 2011

A Céu Aberto


Aproximadamente 15 mil pessoas no Parque Harmonia, em Porto Alegre (RS) celebraram no ano de 2007 alguns dos hinos mais marcantes dos anos 80, assinados por esta banda gaúcha. O registro deste encontro é o conteúdo do DVD Nenhum de Nós a Céu Aberto. Realizado de forma independente (com distribuição pela Universal Music) pelo Nenhum de Nós, autêntico representante da década que ultimamente tem sido relembrada de forma constante.

“Nenhum de Nós a Céu Aberto” é um ótimo resumo da trajetória da banda. Estão presentes os maiores sucessos como “Camila Camila” e “O Astronauta de Mármore”, a famosa versão dos gaúchos para o ‘hit’ de David Bowie. Não faltam também os elementos da cultura regional do Sul, em uma mistura na qual Thedy Corrêa e seus parceiros foram os pioneiros.

Nenhum de Nós é uma das principais bandas dos nos 80, que sempre se diferenciou dos demais grupos na época por incorporar influências regionais ao seu estilo. Destaques óbvios para os êxitos comerciais, sem deixar de mencionar a ótima “Eu Não Entendo”, e também para “Julho de 83”, “Sobre o Tempo”, outro sucesso da banda, e “Vou deixar Que Você se Vá”.

O DVD e o CD representam um eficiente resumo desta talentosa banda.

Pra conferir esta excelente gravação que todo mundo reconhece no primeiro acorde.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Estrada e Tijolos


O repertório é incontável.
A excelência é unanime e justamente reconhecida.
Escrever sobre Elton John é desnecessário. Mas um dia esse colecionador de óculos estranhos sentou no piano e compôs junto com seu parceiro Bernie Taupin uma música diferente.
Nesse dia ele falou em abandonar tudo e ir embora.
Em arrependimento e negou ter um contrato assinado que o fizesse retroceder.
Protestou, não aceitou ser um presente comprado numa loja qualquer para ser mostrado aos amigos.
Falou da saudade das coisas boas que deixou pra trás e renegou o luxo de forma veemente.
Cantou a liberdade e rogou pragas.
No fim, pegou a estrada de tijolos amarelos e voltou pra onde jamais deveria ter saído.
Só que este protesto ficou um ano entre as mais pedidas, desde 1973 a 1974.
A música foi titulo de um dos discos mais vendidos deste cantor e compositor e ajudou a escrever a história de uma das mais bem sucedidas carreiras do século passado.
Confirmado no Rock in Rio 2011 Elton John vai estar por aqui mostrando porque há mais de quatro décadas ainda é sinônimo de sucesso.

Escolhi uma versão dessa música gravada no Madison Square Garden no ano 2000.
Aliás, o DVD One Night Only é daqueles obrigatórios em qualquer estante.
Aqui com a ilustre participação de Billy Joel.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A Voz da América


Após ser chamada de gordinha pela mídia, Karen Carpenter entrou em parafuso.
Começou a abusar de dietas de tal forma que desenvolveu uma anorexia nervosa ainda no auge da fama, em meados dos anos setenta.
Seu irmão Richard sofria coma dependência de soníferos e por conta disso a dupla desistiu de shows e deixou de lançar discos.
Nada disso, porém, abalava o enorme sucesso dos Carpenters mundo afora.
Entretanto, era a tragédia anunciada...
Os problemas pessoais diminuíram as possibilidades de um retorno às paradas e Karen teve um casamento que não deu certo com Thomas Burris, a separação ocorreu um ano depois. Em 1982, Karen foi a Nova York procurar tratamento com o psicoterapeuta Steven Levenkrom para suas desordens alimentares decorrentes da anorexia nervosa, voltando naquele mesmo ano disposta a refazer sua carreira.
Ela rapidamente ganhou cinco quilos em uma semana, o que aumentou os danos a seu coração, resultado de anos de dieta e abusos, principalmente com a utilização de xaropes para induzir vômitos. Em quatro de fevereiro de 1983, Karen sofreu uma parada cardíaca na casa de seus pais em Downey e teve sua morte declarada no Hospital Memorial de Downey aos 32 anos.
Aqui tinha um fim à trajetória dessa dupla que cantou na Casa Branca.
Desde o final da década de sessenta suas músicas atravessaram gerações.
É comum ouvir os Carpenters e é muito gostoso sentir a voz melodiosa da menina do interior que um dia foi chamada de “a voz da América”.
O cinema tentou reproduzir a história da dupla. Um primeiro filme foi censurado por Richard em 1987 e um segundo dois anos depois, aprovado por ele e pela família com o título A História de Karen Carpenter gerou enorme audiência apenas na estréia.
Mas essa dupla nem precisou do cinema para se tornar eterna.
Aqui uma gravação de estúdio realizada em 1970 da música símbolo da dupla: “Close to you”.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Loucas Horas


O Rock Progressivo Brasileiro dos anos 70 revelou muita gente boa.
Dá pra fazer uma lista aqui dos que vieram de bandas como O Terço, A barca do Sol, Som Imaginário, Joelho de Porco e outros. No meio dessa turma que aprendeu a tocar no tranco existia uma banda chamada Moto Perpétuo e de lá veio um cara de São Paulo chamado Guilherme Arantes.
Desde que emplacou seus sucessos nas trilhas sonoras de novelas, quando era conhecido como o “menininho da Globo”, algumas de suas músicas marcaram uma geração por aqui.
Ainda que alguns o achem brega, repetitivo, Guilherme Arantes compôs algumas pérolas que já voltaram á baila em muitas vozes nos anos posteriores a gravação original.
Coisas do Brasil é um clássico, e tantas outras ficaram gravadas de tal forma que é totalmente decifrável ouvir e ficar com ela na cabeça por vários dias.
Escolhi uma pra postar que me leva a um tempo muito bacana de seu último show ao vivo. Reparem na presença do guitarrista Wander Taffo (ex Rádio Táxi) num de seus últimos trabalhos em vida. Sonoridade perfeita!
Mesmo que não esteja no rol das preferidas, uma frase nessa letra me serviu de base num dia qualquer e até hoje insiste em ser importante: “te quero e o mundo, fica perfeito contigo...”

Loucas Horas