terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Sete Segundos


O que é possível fazer em sete segundos?
Vociferar as piores ofensas, ser indelicado e impertinente.
Por outro lado, vale ser intrépido, criativo, e numa sacada mudar o destino num piscar de olhos que dure sete preciosos segundos.
Ou pode simplesmente dizer “eu te amo” e deixar os olhos abertos por sete intermináveis segundos que podem durar uma eternidade...
E escutando “Seven Seconds” com Dido e Youssou N'Dour é bem melhor.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Houve um tempo...


O ser humano vive de acordo com seu tempo.
Chegar à casa dos cinqüenta com uma história pra contar remete a uma reflexão de todas as idades que do alto da glória de meio século, podemos buscar entender.
E como o tempo voa...
Voa rumo a lembranças que se tornaram perceptíveis porque marcaram parte dessa existência, ou porque foram momentos que de alguma forma tiveram a devida importância.
E hoje, me considero um produto de mim mesmo, de meus atos, minha covardia, meu heroísmo, minha luta e até do meu desprezo. Poderia ter sido melhor? Acho mais sensato imaginar que foi na medida certa, afinal foi o caminho que me fez chegar até aqui.
Quando nos relacionamos com os fatos nos damos conta que são os efeitos do PVC (a Porra da Velhice Chegando) e vem essa vontade louca de contar a nossa história, porque junto aos fatos que fizeram à história estão inseridas as nossas conquistas ou derrotas.
Passava de carro outro dia pela ponte do Joá aqui no Rio de Janeiro e de longe avistei o clube Costa Brava, lá embaixo, encravado entre a montanha e o mar. Uma imagem linda que me levou a tempos difíceis, mas românticos. E essa distorção entre o belo e o feio é a alquimia que nossos olhos transmitem ao pensamento e nos permite viajar.
Me lembrei de uma noite após uma cansativa jornada de trabalho, em que exagerei nas doses e passei pela ponte sem pressa, num verão conturbado pelos fatos que enxergavam novos anos de chumbo depois do atentado do Riocentro.
Vivia toda a amargura que uma dor de cotovelo pode causar e naquele momento nem imaginava o futuro com um presente sombrio que me batia à porta. Costumo dizer aos amigos que a pior das dores é a dor de corno, porque te espeta durante todo o dia, faz sua noite ser uma merda e, sem tréguas acorda do seu lado.
É a pior manifestação masoquista que o ser humano pode ter, porque o castigo não acaba quando o sádico se cansa.
Os dias passaram lentos e nessa época eu pensei nos meus próximos anos e imaginei como a vida seria aos cinqüenta. Jamais iria prever que tanta coisa viria depois a ponto de suplantar aqueles dias no escuro.
Mas as coisas são assim, e pior pra aquele que se atreva a dizer que isso não é verdade!
Porque tudo tem seu tempo e hora pra acontecer, embora tenha total consciência de que ninguém fabrica nosso destino e muito menos nossos carmas.
Mas voltando àquela noite na ponte acima do oceano, me dou conta de como eu fui feliz ainda que estivesse vivendo uma das minhas maiores tristezas. E isso só é possível porque o tempo é responsável pela possibilidade de traçar um paralelo entre o que fui e o que sou. E meu momento, minha maneira de pensar, me faz ter a absoluta certeza de que o fato de sangrar por uma paixão me fez ser o que sou e amar a vida, acima de qualquer outro aspecto.
Só admira a beleza quem tem amor no coração.
E isso, me sobra, desde 1981.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Até o fim


Essa é daquelas que não precisa explicação. Vou levar até o fim.
Do vídeo nada sei. Se houve realmente esta apresentação do Lobo já de cabelos brancos ou é um playback descarado, pouco importa, porque o que vale é escutar "How can I tell her" e relembrar tudo outra vez...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Vendo você dançar outra vez


Quando eu ouvi Neil Young cantar Harvest Moon há quase vinte anos, talvez não fosse possível imaginar por quantos anos mais esta canção sobreviveria no pensamento. Porque música que te pega é aquela que você assovia no banho, no carro, enfim, que não lhe sai da cabeça e de quebra te traz partes da sua vida com se fosse um filme reproduzido pela memória.
Não escrevi pra falar de Neil Young. Seria repetitivo e chato.
Mas ontem uma figura que conheço há bastante tempo, o Claudio Careca, me trouxe uma coletânea que montou com tamanha precisão e não deu outra, fixei na play list. E dentre tanta coisa boa do bom e velho rock and roll lá estava Harvest Moon, que traduzido ao nosso Português seria Lua Cheia.
Interessante é que a letra consegue igualar os precisos acordes que Young colocou na música.
E quando ele diz que mesmo depois de tanto tempo ainda está apaixonado e quer vê-la dançar outra vez numa noite de lua cheia, tem tudo a ver com a vassourinha esfregando o chão, porque além do toque de percussão que dá ao arranjo me faz lembrar que a vassoura quando é boa não importa o tempo, porque ela sempre vai varrer de forma correta.
Taí minha vassourinha, essa é pra você!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Vasos Vacíos


Corriam meados dos anos noventa e o disco Vasos Vacíos dos Fabulosos Cadillacs mostrava a maturidade da banda. Vicentico e seus confrades não escondiam as raízes e seguiam apostando num naipe de metais e num ritmo SKA.
O som “Porra Louca” do LFC se preparava para uma mudança que viria ainda no final daquela década. Mas neste disco que rodou em toda a América Latina sobravam coisas boas.
A faixa “Matador” era o hit que fazia a sacola encher com as vendas altíssimas pelo Cone Sul.
As versões revisitadas de “Te Tiraré del Altar” e “El Satánico Dr. Cadillac” significavam uma mudança de atitude radical de Vicentico e seus dez (!) parceiros quando claramente buscavam finalmente o lado comercial do trabalho.
Este disco foi lançado em 1993 na Argentina, mas só explodiu dois anos depois.
E esta explosão trouxe um fato inédito que comprovava a importância dos Fabulosos Cadillacs no cenário pop/rock da América Latina e Mundial: a participação de Célia Cruz na canção “Vasos Vacíos” que levou o disco ao topo das vendas dos anos noventa.
Embora alguns seguidores da banda prefiram o estilo do LFC depois do abandono das influências colhidas de Mano Negra e do SKA Jamaicano dos anos sessenta, este álbum resiste ao tempo e anos depois ainda tem execução garantida em muitos lugares onde a nossa audição não tem alcance.
Escolhi uma versão de Vasos Vacíos já sem Célia Cruz que não está mais entre nós, durante uma apresentação no espaço Obras Sanitárias de Buenos Aires na virada do milênio. Para muitos o ponto alto da carreira do LFC desfilando muita energia no templo do Rock Portenho.

Divirtam-se!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

The Chakachas (1972)


Pra comemorar o dia internacional do sexo essa não pode faltar!
"Chakachas" era um grupo Belga formado por músicos do estúdio Latin Soul.
Também conhecido como Les Chakachas ou Los Chakachas, sua atividade teve início ainda nos anos cinquenta e apesar de terem produzido numerosas gravações, são mais conhecidos por essa maravilha de sucesso chamado "Jungle Fever".
Apresentado em compacto simples em 1972 a musica vendeu mais de um milhão de cópias nos os EUA e chegou ao oitavo lugar na parada Billboard.
A música também foi tema do filme "Boogie Nights" de 1997.


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A Casa do Caralho


Você sabe onde é a casa do caralho?
Se sabe tudo bem, caso contrário dá uma olhada no vídeo abaixo


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Entender pra que?


A idéia aqui não é tentar entender.
Porque existem fatos que não se entende, ainda que dediquemos um tempo infinito em busca de compreensão. Mas essa música me fala muito, toca bem fundo. Me faz sentir bem. Como se o mundo tivesse congelado em determinado momento e eu, ao menos por instantes, houvesse compreendido o quanto deveria.
E às vezes é preciso raciocinar e finalmente entender que a melhor maneira de provar o quanto alguma coisa é ainda tão importante, e justamente num instante de profunda tristeza, pensar na alegria de quem um dia te fez muito feliz.
Porque seria egoísmo demais pensar em mim mesmo pra interromper a felicidade de alguém que significa tanto.
É nessas horas que se tem a certeza de que dignidade não se compra em qualquer esquina.
Dignidade até pra assumir publicamente a própria culpa!

Embora eu ainda não entenda.


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Demais


A maioria das versões não saem perfeitas.
Acho complicado reproduzir em outro idioma o que na canção original foi produzido de outra forma. Porém, a versão de Zé Rodrix e Miguel Paiva na excelente interpretação de Verônica Sabino desafia essa lógica.
Quem sabe a voz suave e afinada dessa musa me faça pensar de outra maneira, ou talvez essa canção me fale muito mais na versão da Verônica do que o original “Yes it is” de Lennon & McCartney.
Vale assistir a esta gravação no Teatro Rival no Rio de Janeiro, bem aqui ao lado.
Demais!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A Sina da Rosa


A gente costuma ligar as rosas a momentos de emoção. Amor, saudade, tudo se mistura no perfume das rosas.
Mas existe uma rosa que há quase quarenta anos não simbolizou emoções, e tão pouco soou como um alerta como muitos pensaram. A rosa de Hiroshima retratou um lamento. E esse tom de lamento foi representado por uma voz num momento único – pelo menos pra mim – que ficou guardado pra sempre.
Naquele ano, junto com mais de trinta mil pessoas me espremi no Maracanãzinho pra assistir um símbolo de toda uma geração chamado Secos & Molhados. E foram muitos os momentos mágicos daquele show. O disco era um sucesso, a banda era uma febre.
Mas eu estava lá pra escutar a Rosa cantada ao vivo.
Existem registros desse momento, desse dia.
Acho, no entanto, que o Ney Matogrosso quando deixou o grupo levou consigo essa canção.
E foram várias interpretações que jamais macularam a audição perfeita e a sonoridade exclusiva de sua voz e a música de Vinícius de Moraes e Gerson Conrradi.
Pra criar uma dúvida seguem abaixo dois momentos: o original em 1974 e uma interpretação solo de Ney Matogrosso num de seus muitos espetáculos ao vivo.

Boa escolha.




terça-feira, 16 de agosto de 2011

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Cena Carioca



Desceu a Avenida Presidente Vargas às seis e meia.
Metida num mar de poluição e buzinas resolveu ligar pro Manuel.
Era tanto carro, táxi, ônibus e cruzamentos entupidos que os guardas estavam cagando pra quem estava falando no celular ao volante. Aproveitou!
E a porra do telefone do Manuel chamava, chamava e nada...
“Deve estar com os amigos”, ela pensou.
“Ou então este filho da puta está em alguma dessas termas refrescando os culhões enquanto estou aqui nesse transito de merda. Cheio de vagabundas à volta, deve ter vendido uns cinco carros essa semana e foi comemorar”.
Coitado do Manuel...
Naquela altura ainda fazia contas pra pagar os empregados da sua agencia de automóveis...
Mas mulher é assim.
A primeira coisa que passa pela cabeça das moças em relação ao marido, o namorado, o amante é um chifre. Começa por um suposto programa com uma prostituta, passa pela pobre da secretária, e por fim, a melhor amiga confidente. Vai saber.
Mas ela seguia firme na tentativa de falar com o Manuel... E nada. O telefone só chamava.
Se irritou. “Se eu encontro esse filho da puta ele vai ver só”
Pela cara da moça dava pra ver.
Ela indiciou o marido, processou, julgou e o trancafiou por dez anos em cerca de meia hora.
O destino do Manuel estava traçado. O cara estava fudido!
Coitado do Manuel...
Resolveu acender um cigarro. Tempo de relaxar e seguir com o plano de fuder o marido.
Abaixou o vidro do carro, encostou o punho à cabeça pendente e...
“Perdeu madame. Passa a porra do celular. Rápido cacete!”
Cinco segundos.
Ela nem viu a cara do desgraçado que acabara de lhe afanar o telefone novinho ainda com três prestações a pagar.
Coitado do Manuel...

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

E lá se vai o tempo…


Pensando bem deve ter sido no começo dos anos oitenta.
Era uma tarde de sábado de verão quando escutando esse clássico do Country Music o carro deslizou pela rua como se fosse os dedos de Don Mclean em seu violão.
A música é tão imortal quanto a nossa própria memória. Porque ainda que nossos momentos não sejam eternos diante do mundo eles ficam conosco e os levamos pra onde for.
Mais uma prova viva de que a eternidade está dentro de nós.
E por falar em coisas que nunca terminam vale ver e ouvir Don Mclean depois de tanto tempo reinventando sua própria criação. Demais...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Embaixo do Puteiro




Se você é feio, pobre, burro e tem um monte de mulher "dando" em cima de você, tem uma explicação: 
Você mora embaixo de um puteiro.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

O Queijo que Rola



Competidores rolam após tropeçarem durante a tradicional corrida do queijo, em Coopers Hill, no sudoeste da Inglaterra. Os participantes da prova têm de descer uma ladeira íngreme de 200 m empurrando um queijo redondo do tipo Gloucestershire, que pesa cerca de 3,5 kg.
Na foto o pequeno traço branco que aparece é o queijo rolando ladeira abaixo.
É possível ver também um dos competidores com a bunda borrada de marrom que se espera seja devido ao barro da ribanceira...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dia Mundial do Rock


Dia Mundial do Rock: 13 de julho. A data que tomou corpo e alcance mundial em 1985 mobiliza amantes do estilo musical em todo o mundo, 26 anos depois, em 2011.
Tudo começou quando um festival realizado simultaneamente em Londres, na Inglaterra, e na Filadélfia, nos Estados Unidos, provou que a música tem o poder de reivindicar mudanças. A causa da época era em favor do povo etíope, retratado diariamente nos jornais como miseráveis.
Foi então que o pelotão de combate, encabeçado por nada mais, nada menos, do que The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins, Eric Clapton e Black Sabbath, exigiu a erradicação da fome naquele país.

O vídeo abaixo no Live Aid em 1985 dispensa comentários...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O Cigarro e o Tempo



Uma das poucas coisas boas de ser mais velho é essa!!!

Eu sou do tempo em que: “Fumar era bonito e dar o cú era feio”

Hoje: “Fumar é feio e dar o cú é bonito”

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Pais e Filhos


Não é a toa que existe o ditado: filho de peixe peixinho é.
Neste clipe a prova viva, a pura verdade traduzida num arranjo moderno onde duas guitarras dão o tom de excelência.
Moraes Moreira e Davi Moraes.
A música: Preta Pretinha.
Um hino ao tropicalismo concebido num sítio da praia então deserta da Barra da Tijuca em 1973. Vale ouvir atento a uma breve história dos Novos Baianos contada em forma de cordel por Moraes Moreira. Excelente.
Assista inteiro.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

David Gates


Vocalista e tecladista da banda Bread, Gates sempre esteve rodeado pela música, sendo excelente pianista, baixista e guitarrista durante a escola secundária.
Em 1957, seu primeiro êxito, Jo-Baby, foi registrado por Chuck Berry. David a escreveu para sua namorada Jo Rita, com quem ele se casou e teve filhos enquanto estudavam na Universidade de Oklahoma.
Em 1961, se mudou com a família para Los Angeles, principiando uma carreira como compositor e produtor. No final dos anos 60 colaborou com Elvis Presley, Bobby Darin, Merle Haggard e produziu em 1965 o hit de Glenn Yarborough, Baby, The Rain Must Fall.
Em 1968, cria a banda que chegaria às paradas de sucesso mundiais e do grupo faziam parte ainda James Griffin (10 de agosto de 1943 – 11 de janeiro de 2005), Robb Royer ( 6 de dezembro de 1942), mais tarde o baterista Michael Botts (ou Mike Botts - 8 de dezembro de 1944 - 9 de dezembro de 2005), e o tecladista Larry Knechtel (4 de agosto de 1940 - 20 de agosto de 2009).
Em 1973, após inúmeros desentendimentos entre Griffin e Gates, a banda se separa e seus integrantes seguem carreira solo em diferentes direções. Contudo, nenhum deles alcançou separadamente o sucesso da união de antes. Em 1977 a banda voltou a se reunir e lançou aquele que seria seu último álbum (Lost without your love) que foi bem recebido pela crítica e público.
David Gates lançou seus próprios álbuns, First e Never Let Her Go, em 1975, Goodbye Girl, em 1978, Falling In Love Again, em 1980, Take Me Now, em 1981, e Love Is Always Seventeen, em 1995.
Várias de suas cançoes foram gravadas por artistas como Julio Iglesias e Boy George. Everything I Own é uma homenagem a seu pai que foi a sua maior influência e principal incentivador. Foi gravada por The Kendalls & Joe Stempley de Nashvile.
Sua incrível habilidade e versatilidade como compositor o levou por vários gêneros musicais. David Gates continua a escrever e produzir no estúdio de gravação que possui em sua fazenda na Califórnia. Um dos seus sucessos após deixar o grupo é Take me Now, além de Goodbye Girl, que deu o Oscar de melhor ator para Richard Dreyfuss, em filme homônimo. (Wiki Concepts)

Aqui, numa apresentação ao vivo em 1997 a voz afinada de David Gates interpreta Aubrey, um dos maiores êxitos do Bread.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Acho isso muito interessante…


Toda mulher quer casar, isso é fato! Não adianta feminista vir com o papinho mole de que este é um pensamento machista, que não condiz com as vontades femininas. Besteira! Toda mulher quer casar de véu, grinalda e Vivara no dedo. Da mesma maneira que quer ter filhos, constituir família, comprar um jogo de viagem da Louis Vuitton, trezentos pares de sapatos, duzentos de sandálias e uns quinze chinelinhos baixos de cores diversas. Não tem como negar.
O homem por sua vez – e por sua petulância – não concorda com esta necessidade. E só casa à força ou à gravidez – hoje, mais pela força que pela gravidez. Porém, não por vontade. Não adianta vir marmanjo esbravejar que casou porque quis.
Casou para não se sentir sozinho. Porque é carente. Porque achou um bom partido, um bom sexo. Porque a mãe não o agüentava mais em casa. Isso sim! Mesmo aqueles que casam por amor não casam porque querem, mas porque o amor quer. Fato é que estes são tão raros quanto elefantes anões e albinos. E por isso, o mundo é mundo.
Todo homem que se preze por mais corajoso que seja, tem medo de duas coisas: de ser corno e de compromisso sério – talvez uma coisa leve a outra, mas isso é tema para outra conversa...

Mas também…

É cada vez mais ilógico casar. Os motivos são intermináveis. Mas comecemos pelo fato de que, hoje, no mundo, há muito mais mulheres que homens. Isso mesmo sem descontarmos os veados, os atletas da ginástica olímpica, o Frota e os metrossexuais. O IBGE deve ter os números. Com a falta de homem no mercado, ser homem é ser acomodado. Ofertas de sexo, luxúria, esquemas e bacanais, chegam aos baldes. Basta sair para balada para dar uma conferida, ou então, dar três ou quatro telefonemas.
Se não bastasse as leis da oferta e da procura estarem favoráveis, o homem solteiro ainda gasta menos. Pois gasta tudo em si, para si. No final das contas, colocando na ponta do lápis, manter um lar é muito mais caro e incômodo do que contratar a melhor stripper, uma ou duas vezes por mês. Qual você sequer precisa dizer boa noite, quanto menos ligar no dia seguinte.
A lista é interminável, mas é inegável que ser solteiro é muito mais lógico e sensato. É mais agitado e vantajoso. Porém uma mesa de bar cheia de amigos e lindas mulheres – algumas seminuas – é muito mais solitária e desesperadora do que possa parecer. Ser solteiro é bom, permanecer solteiro é ser vazio. Sem princípio. Sem propósito. Sem fim. Permanecer solteiro é ser egoísta, infantil, fraco e burro ao mesmo tempo.
Ser solteiro é muito mais racional. Porém, a felicidade e o amor são irracionais. E quando eles chegam, não há regra de três, oferta e procura ou princípio da razoabilidade que consiga vencer as suas insensatezes. E, lá se vai mais um solteiro convicto para o altar...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Our Song for Andy


Os Bee Gees foram a Las Vegas para fazer tudo numa única noite.
E fizeram. Subiram ao palco pra gravar um DVD que ultrapassou números impensáveis de vendagem na virada do milênio.
Embora pouca gente tenha conhecimento, os Bee Gees ao longo de sua trajetória venderam mais discos que ídolos como Elvis Presley e The Beatles. E no show “One Night Only” todos os grandes êxitos marcaram presença.
Mas o momento mágico do show foi à apresentação da música “Our Love”.
Eles cantam em dueto através de uma imagem de telão com o irmão mais novo Andy Gibb, falecido em 1988 devido a uma miocardite (uma inflamação no coração), com apenas 30 anos de idade.
Ao contrário do que se afirma Andy nunca chegou a ser um integrante oficial dos Bee Gees, mas teve uma carreira solo e contava com o apoio constante dos Bee Gees.
Gostava de cantar com o irmão Barry Gibb, que escrevia e produzia os seus discos. Barry, o irmão mais velho, sempre estava ao seu lado auxiliando em sua carreira seja escrevendo ou produzindo seus discos. Várias vezes Barry, Robin e Maurice o convidaram, mas Andy preferia à carreira solo.
Embora os anos de abuso do álcool e da cocaína não fossem a causa direta da sua morte, pioraram muito a sua saúde.
Alguns anos depois, em 2003, com a morte de Maurice Gibb que muitos creditam a um erro médico, Robin e Barry ensaiaram algumas aparições, mas a banda já havia chegado ao fim.
Vale à pena conferir a troca de energia nesse pedacinho do DVD One Night Only.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

terça-feira, 31 de maio de 2011

Suspicious Minds


Essa musica de Mark James autor do clássico “Always on my mind” foi originalmente gravada por Elvis Presley em 1969. Ela apareceu num compacto simples e marcou o início da fase mais sonora do Rei do Rock, e foi também a ultima que Elvis emplacou no topo da parada Billboard.
Essa poderia ter sido uma das várias canções que se tornaram eternas na voz e na guitarra do velho ídolo, porém os críticos apontam como um divisor de águas entre a era mamão com açúcar de Elvis e a etapa dos clássicos.
Ele interpretou a canção pela primeira vez em um show no "International Hotel", que partir de 1971 passaria a se chamar Hotel Hilton, em Las Vegas no dia 31 de julho de 1969, tudo isso devido ao fato de Elvis ter percebido o grande potencial dessa canção em versões ao vivo, tendo começado a ensaiá-la em julho do mesmo ano para sua volta aos palcos.
Algumas versões desse mesmo ano chegavam a durar quase 10 minutos, no qual, Elvis e a banda davam tudo de si. Já no ano seguinte as versões duravam entre 5 e 6 minutos, mas sempre com a mesma energia, segundo os fãs. A última versão ao vivo interpretada por Elvis da canção se deu no dia 19 de agosto de 1975 também em Las Vegas.
De lá pra cá muitas foram às vozes que cantaram Suspicious Minds.
E se me cabe escolher uma delas pra postar por aqui fico com a versão do Texas.
Esse trecho do DVD gravado no Palais de Bercy, Paris em Abril de 2001 é pra ver e ouvir de joelhos.
E pra quem não conhece o Texas fica a oportunidade de assistir pela primeira vez e garimpar esse DVD que é imperdível.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Justo Tributo


Tá legal... Me rendo às dicas!
Essa vem do meu amigo Símbolo, que outro dia citou uma cantora chamada Patsy Cline.
Patsy foi como um meteoro. Carreira curta, abreviada pela fatalidade como acontece com muitos ícones da música. Embora tenha começado gravando rockabilly, era evidente que sua voz combinava mais com os sucessos pop/country
Morreu em um acidente de avião em Camden, Tennessee, aos 30 anos, em 1963.
No avião com ela estavam outras figuras conhecidas da cena country music na época, como Hawkshaw Hawkins, Randy Hughes e Cowboy Copas. Hughes, então amante e empresário de Cline, era o piloto do avião. Ela foi sepultada no cemitério Shenendoah Memorial Park em sua cidade natal de Winchester, Virginia.
Muitos de seus hits foram regravados por anos e anos, tais como "Crazy", "She's Got You" e "I Fall To Pieces."
Aqui, num dos muitos tributos que até hoje são organizados em homenagem a essa voz suave, um trio que dispensa comentários: Diana Krall, Willie Nelson e Elvis Costello.
É fácil distinguir a mudança de percurso dos acordes, que começam amparados pelo inconfundível feeling do Jazz de Diana e suas notas de piano e encerram com aquele jeitão de balada Country e uma steel guitar ao fundo.
Imperdível!

terça-feira, 17 de maio de 2011

This Guy…


Quem é esse cara?
Pois este senhor de oitenta e três anos foi responsável por composições que marcaram gerações. Nos anos sessenta e setenta ele emplacou pelo menos 52 hits no top 40.
Desde que apareceu no cenário mundial como o pianista de Marlene Dietrich, se juntou a compositores especializados em canções populares e emplacou de vez.
O swing dos metais preponderou em suas composições.
Vários artistas famosos interpretaram, e ainda interpretam Burt Bacharach.
Suas musicas ganharam fama na voz de Karen Carpenter, Aretha Franklin, Jack Jones, B. J. Thomas e sua preferida Dionne Warwick que gravava todos os seus demos.
Qualquer ser humano já ouviu Burt Bacharach na voz de algum cantor ou cantora.
Antes de iniciar uma turnê de concertos com sua orquestra no novo milênio, Burt Bacharach gravou com Elvis Costello o álbum Painted From Memory em 1998, uma coletânea de seus êxitos na voz suave e grave de Costello.
E o que escolher pra ilustrar esse pequeno artigo?
Sempre vai ficar aquele gostinho que aquela musica especial poderia estar aqui.
Mas fico com Herb Albert e This Guy's in Love With You de 1968, regravada por B.J. Thomas nos anos setenta.
O clipe é original da época em que essa música esteve no Top Charts.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Call Me


A música tem esse aspecto de imortalidade que pouco se explica e muito se sabe.
Chris Montez é norte-americano da Califórnia.
Em 1962, Chris gravou o single (Let's Dance), que chegou ao Top 10. Ele viria então a excursionar com Clyde McPhatter, Sam Cooke, The Platters e Smokey Robinson. No ano seguinte, enquanto estava em Liverpool com Tommy Roe, seu show foi aberto por um novo grupo inglês chamado The Beatles. Só.
Após três anos na estrada, Montez voltou para casa em 1965 para terminar seus estudos e gravar um disco pela gravadora A&M Records e produzido por nada menos que Herb Alpert, que sugeriu que ele cantasse baladas suaves.
Num estilo mais conservador foram gravados os sucessos The More I See You, There Will Never Be Another You, Call Me e Time After Time.
Enquanto o rock britânico e o rock psicodélico invadiam os Estados Unidos, Chris trocou sua gravadora antiga pela CBS International e acumulou uma seqüência de hits fora dos EUA que o firmaram como uma estrela internacional.
Ele tem músicas gravadas em inglês e espanhol que fizeram sucesso especialmente na Áustria, na Alemanha e na Holanda.
Aqui numa apresentação recente em Dezembro de 2003 no Festival de Música “60’s Concert” em homenagem aos heróis do furacão Marty que assolou o México.
Esta versão atual do clássico “Call Me” chama a atenção pelo trabalho de guitarra fantástico realizado por Montez.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O Tempo


Eles são egressos do Ska. O sax alto e o naipe de metais dando ritmo ao arranjo denunciam.
Algumas influências de punk rock e garage rock também aparecem no disco.
Aliás, o álbum desses nove integrantes (seriam onze, mas dois abandonaram o barco) é muito bom com destaque para a vigorosa faixa “O Tempo”.
O Móveis Coloniais de Acaju não começou outro dia.
Formada em 1998, a banda teve seu primeiro disco, Idem, lançado em 2005, com tiragem inicial de três mil cópias. O álbum teve boa aceitação e atingiu a marca de duas mil cópias vendidas nos dez primeiros dias.
Em termos gastronômicos, o som de Móveis Coloniais de Acaju já foi denominado pelos próprios membros de "feijoada búlgara". Talvez alguma sombra da música do Leste Europeu misturada com a Brasileira tenha gerado esse nome.
Aqui, para o prazer de quem já foi apresentado ao trabalho desses caras e para aqueles que ainda não tiveram a sorte de conhecer, a faixa de maior sucesso: “o tempo”.
Gravado durante apresentação no VMB 2009, em São Paulo. Lembrando que o VMB é um prêmio oferecido pela MTV aos destaques da música e mídia do ano.

terça-feira, 19 de abril de 2011

A Céu Aberto


Aproximadamente 15 mil pessoas no Parque Harmonia, em Porto Alegre (RS) celebraram no ano de 2007 alguns dos hinos mais marcantes dos anos 80, assinados por esta banda gaúcha. O registro deste encontro é o conteúdo do DVD Nenhum de Nós a Céu Aberto. Realizado de forma independente (com distribuição pela Universal Music) pelo Nenhum de Nós, autêntico representante da década que ultimamente tem sido relembrada de forma constante.

“Nenhum de Nós a Céu Aberto” é um ótimo resumo da trajetória da banda. Estão presentes os maiores sucessos como “Camila Camila” e “O Astronauta de Mármore”, a famosa versão dos gaúchos para o ‘hit’ de David Bowie. Não faltam também os elementos da cultura regional do Sul, em uma mistura na qual Thedy Corrêa e seus parceiros foram os pioneiros.

Nenhum de Nós é uma das principais bandas dos nos 80, que sempre se diferenciou dos demais grupos na época por incorporar influências regionais ao seu estilo. Destaques óbvios para os êxitos comerciais, sem deixar de mencionar a ótima “Eu Não Entendo”, e também para “Julho de 83”, “Sobre o Tempo”, outro sucesso da banda, e “Vou deixar Que Você se Vá”.

O DVD e o CD representam um eficiente resumo desta talentosa banda.

Pra conferir esta excelente gravação que todo mundo reconhece no primeiro acorde.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Estrada e Tijolos


O repertório é incontável.
A excelência é unanime e justamente reconhecida.
Escrever sobre Elton John é desnecessário. Mas um dia esse colecionador de óculos estranhos sentou no piano e compôs junto com seu parceiro Bernie Taupin uma música diferente.
Nesse dia ele falou em abandonar tudo e ir embora.
Em arrependimento e negou ter um contrato assinado que o fizesse retroceder.
Protestou, não aceitou ser um presente comprado numa loja qualquer para ser mostrado aos amigos.
Falou da saudade das coisas boas que deixou pra trás e renegou o luxo de forma veemente.
Cantou a liberdade e rogou pragas.
No fim, pegou a estrada de tijolos amarelos e voltou pra onde jamais deveria ter saído.
Só que este protesto ficou um ano entre as mais pedidas, desde 1973 a 1974.
A música foi titulo de um dos discos mais vendidos deste cantor e compositor e ajudou a escrever a história de uma das mais bem sucedidas carreiras do século passado.
Confirmado no Rock in Rio 2011 Elton John vai estar por aqui mostrando porque há mais de quatro décadas ainda é sinônimo de sucesso.

Escolhi uma versão dessa música gravada no Madison Square Garden no ano 2000.
Aliás, o DVD One Night Only é daqueles obrigatórios em qualquer estante.
Aqui com a ilustre participação de Billy Joel.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A Voz da América


Após ser chamada de gordinha pela mídia, Karen Carpenter entrou em parafuso.
Começou a abusar de dietas de tal forma que desenvolveu uma anorexia nervosa ainda no auge da fama, em meados dos anos setenta.
Seu irmão Richard sofria coma dependência de soníferos e por conta disso a dupla desistiu de shows e deixou de lançar discos.
Nada disso, porém, abalava o enorme sucesso dos Carpenters mundo afora.
Entretanto, era a tragédia anunciada...
Os problemas pessoais diminuíram as possibilidades de um retorno às paradas e Karen teve um casamento que não deu certo com Thomas Burris, a separação ocorreu um ano depois. Em 1982, Karen foi a Nova York procurar tratamento com o psicoterapeuta Steven Levenkrom para suas desordens alimentares decorrentes da anorexia nervosa, voltando naquele mesmo ano disposta a refazer sua carreira.
Ela rapidamente ganhou cinco quilos em uma semana, o que aumentou os danos a seu coração, resultado de anos de dieta e abusos, principalmente com a utilização de xaropes para induzir vômitos. Em quatro de fevereiro de 1983, Karen sofreu uma parada cardíaca na casa de seus pais em Downey e teve sua morte declarada no Hospital Memorial de Downey aos 32 anos.
Aqui tinha um fim à trajetória dessa dupla que cantou na Casa Branca.
Desde o final da década de sessenta suas músicas atravessaram gerações.
É comum ouvir os Carpenters e é muito gostoso sentir a voz melodiosa da menina do interior que um dia foi chamada de “a voz da América”.
O cinema tentou reproduzir a história da dupla. Um primeiro filme foi censurado por Richard em 1987 e um segundo dois anos depois, aprovado por ele e pela família com o título A História de Karen Carpenter gerou enorme audiência apenas na estréia.
Mas essa dupla nem precisou do cinema para se tornar eterna.
Aqui uma gravação de estúdio realizada em 1970 da música símbolo da dupla: “Close to you”.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Loucas Horas


O Rock Progressivo Brasileiro dos anos 70 revelou muita gente boa.
Dá pra fazer uma lista aqui dos que vieram de bandas como O Terço, A barca do Sol, Som Imaginário, Joelho de Porco e outros. No meio dessa turma que aprendeu a tocar no tranco existia uma banda chamada Moto Perpétuo e de lá veio um cara de São Paulo chamado Guilherme Arantes.
Desde que emplacou seus sucessos nas trilhas sonoras de novelas, quando era conhecido como o “menininho da Globo”, algumas de suas músicas marcaram uma geração por aqui.
Ainda que alguns o achem brega, repetitivo, Guilherme Arantes compôs algumas pérolas que já voltaram á baila em muitas vozes nos anos posteriores a gravação original.
Coisas do Brasil é um clássico, e tantas outras ficaram gravadas de tal forma que é totalmente decifrável ouvir e ficar com ela na cabeça por vários dias.
Escolhi uma pra postar que me leva a um tempo muito bacana de seu último show ao vivo. Reparem na presença do guitarrista Wander Taffo (ex Rádio Táxi) num de seus últimos trabalhos em vida. Sonoridade perfeita!
Mesmo que não esteja no rol das preferidas, uma frase nessa letra me serviu de base num dia qualquer e até hoje insiste em ser importante: “te quero e o mundo, fica perfeito contigo...”

Loucas Horas

quinta-feira, 31 de março de 2011

O Fim do Mundo


Lázaro Ramos galã.
Sandy devassa.
Faustão magro.
Silvio Santos pobre.
Dilma fazendo omelete na Ana Maria Braga.
Tiririca na Comissão de Educação.
Maluf e Collor na Reforma Política...

Não era em 2012 o fim do mundo???"

terça-feira, 29 de março de 2011

P U L S E


Após a saída de Roger Waters era muito difícil imaginar que o Pink Floyd conseguiria subir ao palco e encarar essa turnê. Pois entre 1994 e 1995 comandados por David Gilmour os caras deram mostras de como se toca o rock and roll.
Essa gigantesca turnê que rendeu 59 shows e mais de cem milhões de dólares de arrecadação, gerou o álbum PULSE. Um disco que ganhou todos os prêmios possíveis e mostrou a uma geração o que aqueles “coras” podiam fazer numa apresentação.
Tudo que marcou a trajetória do Pink Floyd está presente no show.
Um estádio imenso; um palco gigantesco com produção, artes e efeitos de luz perfeitos; platéia atenta e encantada; músicos completamente cientes de si e soberbos em sua genialidade. Um mega-show, um mega espetáculo. Perfeito para gravar um CD ao vivo. Somando-se aos grandes clássicos, as músicas do “The Division Bell” mostram-se profundas e tocantes, composições que fazem jus à história do Pink Floyd.
Alguns rumores davam conta que Waters apareceria e retomaria a parceria com Gilmour o que não se confirmou.
Mas ainda assim essa é uma obra de arte. Tanto pela beleza do cenário ideal como pelo encarte do disco que vale ser colocado na estante.
Dentre tantas pérolas que fazem parte do álbum escolhi Wish You Were Here. Um clássico e na tradução literal do título talvez fique estampado o desejo de todos para que Roger Waters estivesse lá.

Aumenta que isso é Rock and Roll!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Sou eu, assim sem você…


Outro dia me chamaram de saudosista por conta das relíquias com cheiro de naftalina que posto aqui. Mas que merda é essa? Pois é, eis a idéia!
No dia em que a velhice chegar e tiver a sorte de contemplar a vida numa cadeira de uma varanda, prefiro escutar uma bela canção que me mostre o tempo que deixei pra trás.
Então, coçando os colhões, com certeza vou ouvir ou assistir Simon & Garfunkel.
Algumas pérolas desses caras certamente cruzaram meu caminho algum dia.
Começaram cantando as canções folk tradicionais e as primeiras obras de Simon, como a conhecida "The Sound of Silence", já com as belas e características harmonias vocais da dupla. Como venderam muito pouco, Paul Simon foi tentar a sorte no circuito folk inglês e ao retornar à América em 1965, encontrou "The Sound of Silence", lançada em single, com acompanhamento de baixo, guitarra e bateria, já conhecida no circuito musical. A gravadora acrescentara estes instrumentos à gravação acústica de 1964 e tranformou-a num clássico do folk-rock.
Reencontrando-se com Garfunkel, Paul Simon entrou rapidamente em estúdio para gravar um novo álbum. Aproveitaram canções que Paul Simon vinha compondo de longa data e chegaram ao sucesso. Entre seus hits históricos estão: I am a Rock, Richard Cory, America, The Boxer, Cecilia, entre outras. Contribuíram com diversas canções para a trilha sonora do filme A Primeira Noite de um Homem (The Graduate), em 1968, em especial "Mrs.Robinson", que representou o auge do sucesso da dupla.
A relação de Simon & Garfunkel começou a desgastar-se. Seu último álbum, Bridge Over Troubled Water, de 1970, foi marcado por desavenças devido a diferenças artísticas entre ambos. A canção título foi um sucesso espetacular e a separação logo em seguida lamentada pelos fãs. Contudo, em meados dos anos de 1970, reataram a amizade e chegaram a colaborar mutuamente em músicas solo de cada um. Em 1981 reencontraram-se para um mega-concerto no Central Park de Nova York que foi assistido por cerca de 500.000 pessoas, rendendo um álbum duplo ao vivo.
Em 2004, após o aparecimento repentino de Paul Simon num show de Arthur (Art) Garfunkel, a crítica teceu inúmeros elogios a dupla que logo em seguida faria o show On Stage, o que rendeu um maravilhoso DVD muito procurado até hoje.
Dessa obra escolhi a música The Boxer.
Talvez a sonoridade brilhante e a voz afinada da dupla possam explicar o que eu quis dizer no início do artigo, ou ainda, comprovar que Simon & Garfunkel nasceram pra viver juntos.

quinta-feira, 24 de março de 2011

O Último Vôo do Zeppelin


Em 2007 esses caras subiram no palco outra vez.
Desta vez acompanhados do baterista Jason Bonham, que substituiu o pai, John Bonham, morto em 1980.
Dos quebra-quebras dos hotéis às noites em fúria, eles fizeram história.
E dezenove anos depois a cena se repete.
O que se viu no O2 Arena, em Londres, numa noite de Segunda-Feira tem duas conotações: deu aos mais jovens a chance de ver uma verdadeira Banda de Rock e todo seu estilo clássico, e aos contemporâneos a oportunidade de rever o que os olhos nunca esqueceram e nos ouvidos ainda ecoa.
Tudo a respeito do Led Zeppelin já foi dito.
Mas quando caras como Robert Plant, o guitarrista Jimmy Page e o baixista John Paul Jones resolvem bagunçar o coreto a coisa fica séria, então a eterna mistura entre o feeling do blues e a sonoridade das velhas canções celtas ganha um estilo inconfundível, onde um simples acorde é capaz de definir um som com alma.
Essa gravação é oficial.
Mas nada disso importa quando o Zeppelin está no palco, pronto pra partir para seu último vôo reconstruindo as suas escadarias para o céu.

terça-feira, 22 de março de 2011

A Dança dos Filmes


O trabalho dos caras foi incrível.
Uma Montagem fantástica de filmes musicais, combinando cenas de mais de cinquenta anos, desde Fred Astaire até Meryl Streep.

Veja o sincronismo dos passos com a música.

quinta-feira, 17 de março de 2011

O Furacão de Arequito


Arequito é um lugar pequeno da província de Santa Fé na Argentina.
Deste povoado simples, agrícola, veio uma das vozes mais lindas dos pampas.
Soledad Pastorutti nunca foi unanimidade na terra de Gardel. Já cantou até tango e jamais convenceu uma boa parte da crítica.
Seus shows reúnem pessoas simples, mas sua voz é muito mais que isso. É um furacão.
Em Novembro de 2005 tive o prazer de assistir no Estádio Obras uma apresentação da Soledad. Nada de luxo. Tudo muito simples como seus fãs.
Nesse dia Soledad cantou as músicas do álbum “Diez Años de Soledad”. E em algumas musicas contou com a presença de sua irmã Natalia.
Naquela noite o “Templo do RocK” como é conhecido o Estádio Obras, abriu suas portas para uma cantora popular, que canta o folclore regional argentino com jeito de roqueira e muita elegância.
Escolhi uma das músicas mais populares da Soledad para postar aqui.
É legal ver a integração público/artista.
Essa mistura, embora alguns não gostem, sempre funciona e emociona.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Samba + Rock = Rio Samba´N´Roll


Já imaginou o que seria uma roda de samba com a presença de ícones como Black Sabbath, AC/DC, Jimi Hendrix, Rolling Stones e Led Zeppelin? O compositor e guitarrista carioca Leandrade não apenas imaginou, como reproduziu o que seria a mistura desses grandes astros do rock com o tradicional samba do Rio de Janeiro.

De maneira muito bem humorada e com muita competência, Leandrade reuniu um grupo de excelentes músicos para criar Rio Samba´N´Roll. Esse é o nome do seu novo single que vem sendo divulgado nas redes sociais e também no youtube.

A mistura, que pode causar polêmica e até mesmo desagradar aos mais radicais, mostra porque o guitarrista é tão respeitado na capital carioca. Com muita criatividade e felling, o compositor "sobe o morro" muito bem acompanhado de Mick Jagger, Janis Joplin e tantos os outros. No samba, ele inclui trechos de “Back in Black”, “Simpathy for the Devil”, “War Pigs” e outros clássicos (ou seria mais adequado dizer que no rock ele inclui o autêntico samba?).

Confira abaixo e divirta-se com o single que é “fogo no cavaco e choro na guitarra!”

sexta-feira, 11 de março de 2011

Reescrevendo a Própria Lenda


A história de John Fogerty não começou agora.
Tudo teve início em 1959 ainda na banda The Golliwogs onde junto com o irmão Tom Fogerty tocava o Rock and Roll ainda pioneiro.
Em 1967 veio a consagração.
Após ser dispensado pelo Exército fundou junto com o irmão e os parceiros Doug Clifford e Stu Cook o Creedence Clearwater Revival (CCR), talvez uma das bandas mais expressivas da cena Country Rock Norte Americana e mundial.
Juntos, viveram cinco anos de sucesso absoluto de público e crítica até a derrocada em 1972.
John saiu de cena. Andou em busca de novos ares por longos anos sempre a sombra do CCR.
Até que em 2008 esse cara de voz rouca e simpática a qualquer ouvido, resolveu colocar a viola debaixo do braço entrar no estúdio e gravar o disco Revival que se manteve no topo da billboard vendendo mais de 65.000 cópias nas primeiras semanas de lançamento.
Reunindo canções do CCR, quase todas de sua autoria, John Fogerty pegou a estrada em busca de emoções. Repaginou seus acordes e voltou a arrastar multidões com inúmeras apresentações em centros importantes, principalmente nos Estados Unidos e Austrália.
John Fogerty segue hoje em dia seu caminho e leva esse som leve e macio a todos que se importam em escutar boa música.
Novos rumos e velhas canções.
Do seu repertório altamente premiado escolhi essa pérola.
"Have You Ever Seen the Rain" – Gravado ao vivo no Austin City Limits Music Festival em Setembro de 2008.
Quem não lembra?
Quem não conhece?

quinta-feira, 3 de março de 2011

Pra Sempre


Há musicas que desafiam o tempo e até a lógica.
Esse vídeo é recente. O show acústico de James Taylor e Carole King gravado no lendário clube Troubadour na Califórnia, palco de memoráveis apresentações solos desde 1957, é um caso a parte.
Não importa se você está na casa dos vinte ou já chegou aos sessenta.
You’ve Got a Friend resiste ao tempo, se renova, e ainda que os acordes insistam em tocar no mesmo compasso, a música composta por Carly Simon tem a vocação da eternidade.
Há os que preferem com James Taylor, outros afinam ou ouvidos quando escutam Carole King.
Pra desfazer essa dúvida os dois fizeram esse som no ano passado.

E você gatinha que se embala com essa canção, te dedico esse clipe. Pena que aquele que assistimos não exista em DVD... Mas ficou na lembrança, pra sempre!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Enchendo o Saco


Cansado de encher o saco dos outros, este Alemão, literalmente, resolveu encher seu próprio saco.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Coming Around Again (1987)


Carly Simon foi casada com James Taylor.
Tiveram um filho (Ben Taylor) que publicou o ultimo trabalho Acústico de sua mãe em 2009 por seu selo. Carly compôs “you've got a friend”, e apesar de ver a música fazer sucesso na voz de seu marido e da amiga Carole King, guarda esse troféu.
Várias de suas músicas foram hits, mas esta em especial, vale o replay!
Está na minha história e espero que esteja na sua também...

Ao vivo no Martha's Vineyard Concert

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O Salmão


Da próxima vez que quiser um salmão fresco é melhor ir ao mercado, já que desta forma abaixo é totalmente desaconselhável...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Como Evitar Brigas de Trânsito


Procedimento sugerido por psiquiatras e assistentes sociais para evitar brigas no trânsito.
Todos sabemos que a cada dia que passa as discussões e brigas no trânsito aumentam de forma alarmante.

Mantenha a calma e argumente de uma forma simples e direta, sem alterar a voz.

Veja no video um dos procedimentos mais coerentes e efetivos.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Importância


Algumas palavras resumem o seu próprio significado quando são ditas.
Ser ou ter sido importante num lugar qualquer da vida todo mundo guarda a sete chaves na lembrança. E se existe alguma coisa que nos deixa repletos de orgulho é ter tido importância, ainda que por um breve momento ou por anos.
Ninguém precisa nos dizer o quanto somos ou fomos importantes. Basta que se tenha consciência da própria utilidade.
Por muitas vezes o fato de ser importante é apenas o que resta.
Consegue desviar cursos de rio ou marés. E assim, quando você estiver pra baixo achando que tudo em sua volta está prestes a ruir, com um final jamais imaginado, sinta-se feliz por ter tido a devida importância, mesmo que ninguém possa medir o quanto isto te faz bem.
Como uma música que marca ou um local que insistirá em não sair da lembrança, o importante é perceber que você fez o melhor que poderia fazer.


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O Tempo não Apaga


Lá se vão mais de quarenta anos.
Por mais tempo que passe o que é bom nunca envelhece.
Em 2009 esses caras fizeram outra vez um som, só de desta vez na companhia da Orquestra Nacional da Dinamarca.
O resultado está aí, neste vídeo com uma música que foi um dos grandes sucesso da banda britânica de Gary Brooker e Robin Trower.
O Procol Harum é pra ver ajoelhado...