terça-feira, 21 de agosto de 2012

O Impossível


A impossibilidade nem sempre é óbvia.
Evidente que ninguém admite ter que lidar com o impossível. Normalmente fugimos de coisas óbvias demais e que encerram planos e sonhos. A impossibilidade decreta o fim de um ciclo, um caminho, um destino. E quantas vezes vociferamos contra as nossas próprias incertezas apenas pra não ter que encarar uma conclusão?
Seria bom demais considerar impossível somente aquilo que nos faz mal. Mas a vida não é tão cartesiana por mais que a gente imagine que possa ser a ponto de nos mostrar a impossibilidade como uma pecha. O impossível aparece do nada, lépido e fagueiro pra nos dizer que a linha limítrofe é aqui.
Entretanto, noves fora velhos e sábios conceitos a modernidade nos mostra que a impossibilidade nem sempre é tão simplista assim. O mundo hoje ficou pequeno. A comunicação é instantânea e veloz. O que parecia impossível até bem pouco tempo hoje se resolve num piscar de olhos. Mas por outro lado, a internet aproximou o mundo e separou as pessoas. Não somos mais seres que se tocam, mas seres que se conectam.
Não tenho uma visão pessimista de tudo. Acho que ser coerente não permite deslizes.
Portanto, lidar com o impossível carece coragem.
Muita gente suplantou barreiras ao longo da história e pensando dessa forma é possível notar que o muro não é tão alto assim e com valentia e perseverança dá pra transpor. Por isso, não encaro o impossível como óbvio e nem me entrego e ele.
Principalmente porque a vida é um resultado de encontro de esquinas. A gente nunca sabe o que vai se passar daqui a duas horas ou dois dias.
É aquela velha história de cuspir pro alto ou o sujeito que joga par ou ímpar pra brincar com a sorte. O imutável não rola, desde que se tenha capacidade pra gerir os próprios impulsos e simplesmente acreditar que amanha será bem melhor que ontem.
E todas as vezes que vi o impossível na minha frente jamais fechei os olhos ou assinei qualquer tratado com ele. E mesmo depois de tanto tempo a impossibilidade insiste em aparecer bem aqui, a um passo do que eu possa sonhar.
Nesse momento eu só preciso de uma chance...


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Dois Passos


É interessante a história da Blitz.
Meteórico, um tiro curto que durou cinco anos e entre idas e vindas mais uns doze de lambuja.
E tudo começou nos anos oitenta, na chegada do Rock Nacional ao poder.
Melodias óbvias, letras engraçadas e populares levou a banda ao estrelato e revelou músicos que seguiram seus rumos a partir da Blitz.
Evandro Mesquita, Lobão o primeiro baterista e Fernanda Abreu mudaram seus rumos.
Do decreto oficial da derrocada da Blitz após o primeiro Rock in Rio em 1985 ao pseudo retorno em 1994 para gravar uma trilha sonora de uma novela da Globo, até o show Ao Vivo e a Cores em 2007, vários sucessos que quem foi da geração, ou quem nem era nascido, sabe até de assovio.
Os arranjos do show foram fiéis. E se faltou às vozes eficientes de Fernanda Abreu e Marcia Bulcão nas faixas sobrou energia.
E pra quem tem memória aqui vai um clipe do show que resume chegadas e partidas, encontros e desencontros, ainda que com o selo hilário e bem humorado da Blitz.