segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Entender pra que?


A idéia aqui não é tentar entender.
Porque existem fatos que não se entende, ainda que dediquemos um tempo infinito em busca de compreensão. Mas essa música me fala muito, toca bem fundo. Me faz sentir bem. Como se o mundo tivesse congelado em determinado momento e eu, ao menos por instantes, houvesse compreendido o quanto deveria.
E às vezes é preciso raciocinar e finalmente entender que a melhor maneira de provar o quanto alguma coisa é ainda tão importante, e justamente num instante de profunda tristeza, pensar na alegria de quem um dia te fez muito feliz.
Porque seria egoísmo demais pensar em mim mesmo pra interromper a felicidade de alguém que significa tanto.
É nessas horas que se tem a certeza de que dignidade não se compra em qualquer esquina.
Dignidade até pra assumir publicamente a própria culpa!

Embora eu ainda não entenda.


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Demais


A maioria das versões não saem perfeitas.
Acho complicado reproduzir em outro idioma o que na canção original foi produzido de outra forma. Porém, a versão de Zé Rodrix e Miguel Paiva na excelente interpretação de Verônica Sabino desafia essa lógica.
Quem sabe a voz suave e afinada dessa musa me faça pensar de outra maneira, ou talvez essa canção me fale muito mais na versão da Verônica do que o original “Yes it is” de Lennon & McCartney.
Vale assistir a esta gravação no Teatro Rival no Rio de Janeiro, bem aqui ao lado.
Demais!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A Sina da Rosa


A gente costuma ligar as rosas a momentos de emoção. Amor, saudade, tudo se mistura no perfume das rosas.
Mas existe uma rosa que há quase quarenta anos não simbolizou emoções, e tão pouco soou como um alerta como muitos pensaram. A rosa de Hiroshima retratou um lamento. E esse tom de lamento foi representado por uma voz num momento único – pelo menos pra mim – que ficou guardado pra sempre.
Naquele ano, junto com mais de trinta mil pessoas me espremi no Maracanãzinho pra assistir um símbolo de toda uma geração chamado Secos & Molhados. E foram muitos os momentos mágicos daquele show. O disco era um sucesso, a banda era uma febre.
Mas eu estava lá pra escutar a Rosa cantada ao vivo.
Existem registros desse momento, desse dia.
Acho, no entanto, que o Ney Matogrosso quando deixou o grupo levou consigo essa canção.
E foram várias interpretações que jamais macularam a audição perfeita e a sonoridade exclusiva de sua voz e a música de Vinícius de Moraes e Gerson Conrradi.
Pra criar uma dúvida seguem abaixo dois momentos: o original em 1974 e uma interpretação solo de Ney Matogrosso num de seus muitos espetáculos ao vivo.

Boa escolha.




terça-feira, 16 de agosto de 2011

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Cena Carioca



Desceu a Avenida Presidente Vargas às seis e meia.
Metida num mar de poluição e buzinas resolveu ligar pro Manuel.
Era tanto carro, táxi, ônibus e cruzamentos entupidos que os guardas estavam cagando pra quem estava falando no celular ao volante. Aproveitou!
E a porra do telefone do Manuel chamava, chamava e nada...
“Deve estar com os amigos”, ela pensou.
“Ou então este filho da puta está em alguma dessas termas refrescando os culhões enquanto estou aqui nesse transito de merda. Cheio de vagabundas à volta, deve ter vendido uns cinco carros essa semana e foi comemorar”.
Coitado do Manuel...
Naquela altura ainda fazia contas pra pagar os empregados da sua agencia de automóveis...
Mas mulher é assim.
A primeira coisa que passa pela cabeça das moças em relação ao marido, o namorado, o amante é um chifre. Começa por um suposto programa com uma prostituta, passa pela pobre da secretária, e por fim, a melhor amiga confidente. Vai saber.
Mas ela seguia firme na tentativa de falar com o Manuel... E nada. O telefone só chamava.
Se irritou. “Se eu encontro esse filho da puta ele vai ver só”
Pela cara da moça dava pra ver.
Ela indiciou o marido, processou, julgou e o trancafiou por dez anos em cerca de meia hora.
O destino do Manuel estava traçado. O cara estava fudido!
Coitado do Manuel...
Resolveu acender um cigarro. Tempo de relaxar e seguir com o plano de fuder o marido.
Abaixou o vidro do carro, encostou o punho à cabeça pendente e...
“Perdeu madame. Passa a porra do celular. Rápido cacete!”
Cinco segundos.
Ela nem viu a cara do desgraçado que acabara de lhe afanar o telefone novinho ainda com três prestações a pagar.
Coitado do Manuel...

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

E lá se vai o tempo…


Pensando bem deve ter sido no começo dos anos oitenta.
Era uma tarde de sábado de verão quando escutando esse clássico do Country Music o carro deslizou pela rua como se fosse os dedos de Don Mclean em seu violão.
A música é tão imortal quanto a nossa própria memória. Porque ainda que nossos momentos não sejam eternos diante do mundo eles ficam conosco e os levamos pra onde for.
Mais uma prova viva de que a eternidade está dentro de nós.
E por falar em coisas que nunca terminam vale ver e ouvir Don Mclean depois de tanto tempo reinventando sua própria criação. Demais...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Embaixo do Puteiro




Se você é feio, pobre, burro e tem um monte de mulher "dando" em cima de você, tem uma explicação: 
Você mora embaixo de um puteiro.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

O Queijo que Rola



Competidores rolam após tropeçarem durante a tradicional corrida do queijo, em Coopers Hill, no sudoeste da Inglaterra. Os participantes da prova têm de descer uma ladeira íngreme de 200 m empurrando um queijo redondo do tipo Gloucestershire, que pesa cerca de 3,5 kg.
Na foto o pequeno traço branco que aparece é o queijo rolando ladeira abaixo.
É possível ver também um dos competidores com a bunda borrada de marrom que se espera seja devido ao barro da ribanceira...