Toda mulher quer casar, isso é fato! Não adianta feminista vir com o papinho mole de que este é um pensamento machista, que não condiz com as vontades femininas. Besteira! Toda mulher quer casar de véu, grinalda e Vivara no dedo. Da mesma maneira que quer ter filhos, constituir família, comprar um jogo de viagem da Louis Vuitton, trezentos pares de sapatos, duzentos de sandálias e uns quinze chinelinhos baixos de cores diversas. Não tem como negar.
O homem por sua vez – e por sua petulância – não concorda com esta necessidade. E só casa à força ou à gravidez – hoje, mais pela força que pela gravidez. Porém, não por vontade. Não adianta vir marmanjo esbravejar que casou porque quis.
Casou para não se sentir sozinho. Porque é carente. Porque achou um bom partido, um bom sexo. Porque a mãe não o agüentava mais em casa. Isso sim! Mesmo aqueles que casam por amor não casam porque querem, mas porque o amor quer. Fato é que estes são tão raros quanto elefantes anões e albinos. E por isso, o mundo é mundo.
Todo homem que se preze por mais corajoso que seja, tem medo de duas coisas: de ser corno e de compromisso sério – talvez uma coisa leve a outra, mas isso é tema para outra conversa...
Mas também…
É cada vez mais ilógico casar. Os motivos são intermináveis. Mas comecemos pelo fato de que, hoje, no mundo, há muito mais mulheres que homens. Isso mesmo sem descontarmos os veados, os atletas da ginástica olímpica, o Frota e os metrossexuais. O IBGE deve ter os números. Com a falta de homem no mercado, ser homem é ser acomodado. Ofertas de sexo, luxúria, esquemas e bacanais, chegam aos baldes. Basta sair para balada para dar uma conferida, ou então, dar três ou quatro telefonemas.
Se não bastasse as leis da oferta e da procura estarem favoráveis, o homem solteiro ainda gasta menos. Pois gasta tudo em si, para si. No final das contas, colocando na ponta do lápis, manter um lar é muito mais caro e incômodo do que contratar a melhor stripper, uma ou duas vezes por mês. Qual você sequer precisa dizer boa noite, quanto menos ligar no dia seguinte.
A lista é interminável, mas é inegável que ser solteiro é muito mais lógico e sensato. É mais agitado e vantajoso. Porém uma mesa de bar cheia de amigos e lindas mulheres – algumas seminuas – é muito mais solitária e desesperadora do que possa parecer. Ser solteiro é bom, permanecer solteiro é ser vazio. Sem princípio. Sem propósito. Sem fim. Permanecer solteiro é ser egoísta, infantil, fraco e burro ao mesmo tempo.
Ser solteiro é muito mais racional. Porém, a felicidade e o amor são irracionais. E quando eles chegam, não há regra de três, oferta e procura ou princípio da razoabilidade que consiga vencer as suas insensatezes. E, lá se vai mais um solteiro convicto para o altar...