terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Sete Segundos


O que é possível fazer em sete segundos?
Vociferar as piores ofensas, ser indelicado e impertinente.
Por outro lado, vale ser intrépido, criativo, e numa sacada mudar o destino num piscar de olhos que dure sete preciosos segundos.
Ou pode simplesmente dizer “eu te amo” e deixar os olhos abertos por sete intermináveis segundos que podem durar uma eternidade...
E escutando “Seven Seconds” com Dido e Youssou N'Dour é bem melhor.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Houve um tempo...


O ser humano vive de acordo com seu tempo.
Chegar à casa dos cinqüenta com uma história pra contar remete a uma reflexão de todas as idades que do alto da glória de meio século, podemos buscar entender.
E como o tempo voa...
Voa rumo a lembranças que se tornaram perceptíveis porque marcaram parte dessa existência, ou porque foram momentos que de alguma forma tiveram a devida importância.
E hoje, me considero um produto de mim mesmo, de meus atos, minha covardia, meu heroísmo, minha luta e até do meu desprezo. Poderia ter sido melhor? Acho mais sensato imaginar que foi na medida certa, afinal foi o caminho que me fez chegar até aqui.
Quando nos relacionamos com os fatos nos damos conta que são os efeitos do PVC (a Porra da Velhice Chegando) e vem essa vontade louca de contar a nossa história, porque junto aos fatos que fizeram à história estão inseridas as nossas conquistas ou derrotas.
Passava de carro outro dia pela ponte do Joá aqui no Rio de Janeiro e de longe avistei o clube Costa Brava, lá embaixo, encravado entre a montanha e o mar. Uma imagem linda que me levou a tempos difíceis, mas românticos. E essa distorção entre o belo e o feio é a alquimia que nossos olhos transmitem ao pensamento e nos permite viajar.
Me lembrei de uma noite após uma cansativa jornada de trabalho, em que exagerei nas doses e passei pela ponte sem pressa, num verão conturbado pelos fatos que enxergavam novos anos de chumbo depois do atentado do Riocentro.
Vivia toda a amargura que uma dor de cotovelo pode causar e naquele momento nem imaginava o futuro com um presente sombrio que me batia à porta. Costumo dizer aos amigos que a pior das dores é a dor de corno, porque te espeta durante todo o dia, faz sua noite ser uma merda e, sem tréguas acorda do seu lado.
É a pior manifestação masoquista que o ser humano pode ter, porque o castigo não acaba quando o sádico se cansa.
Os dias passaram lentos e nessa época eu pensei nos meus próximos anos e imaginei como a vida seria aos cinqüenta. Jamais iria prever que tanta coisa viria depois a ponto de suplantar aqueles dias no escuro.
Mas as coisas são assim, e pior pra aquele que se atreva a dizer que isso não é verdade!
Porque tudo tem seu tempo e hora pra acontecer, embora tenha total consciência de que ninguém fabrica nosso destino e muito menos nossos carmas.
Mas voltando àquela noite na ponte acima do oceano, me dou conta de como eu fui feliz ainda que estivesse vivendo uma das minhas maiores tristezas. E isso só é possível porque o tempo é responsável pela possibilidade de traçar um paralelo entre o que fui e o que sou. E meu momento, minha maneira de pensar, me faz ter a absoluta certeza de que o fato de sangrar por uma paixão me fez ser o que sou e amar a vida, acima de qualquer outro aspecto.
Só admira a beleza quem tem amor no coração.
E isso, me sobra, desde 1981.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Até o fim


Essa é daquelas que não precisa explicação. Vou levar até o fim.
Do vídeo nada sei. Se houve realmente esta apresentação do Lobo já de cabelos brancos ou é um playback descarado, pouco importa, porque o que vale é escutar "How can I tell her" e relembrar tudo outra vez...